segunda-feira, 18 de julho de 2011

Motorista de sonhos

O ônibus parou naquela pequena rodoviária no meio do nada,a poeira subiu,ouviu-se o chiar do freio de mão.As pessoas foram descendo e,mesmo sendo poucas e miseráveis,tinham quem as esperasse.
Ele aguardou o último corpo sair,e o acompanhou pela escada do veículo velho e enferrujado.Não levava bagagem,só uma garrafa vazia de água que iria encher no velho bebedouro aproveitando a parada.Também não havia ninguém esperando-o,e ele já estava acostumado,conformado talvez.

Encheu a garrafa,olhou a paisagem desanimadora de poeira e mato pra todo lado,voltou ao ônibus,soltou o freio e deu a partida,tinha muita gente,muito sonho pra levar ainda.



Allan Bonfim.