domingo, 20 de setembro de 2009

Dancing Days

[...] Como marcado,às oito em ponto estavam todos lá,eram jovens senhoras e senhores em esperança de uma vida curta,uma bela noite,e dores ao menos sustentáveis na manhã seguinte[...]bem,a banda começa a tocar as serestas do tempo dàquela juventude já passada por demais,pelo menos fisicamente,digo isso,pois à minha vista eles inda lembram os passos e executam com tamanha destreza que confesso,chegam a me impressionar.

Muitos acham que a idade prejudica-os na performance artística,eu já não concordo,penso que,a lentidão que lhes foi dada com o tempo torna mais alegre a dança,eu vos olho e vejo seus rostos,estão todos sorrindo,suas faces enrugadas parecem suavizar a expressão e torná-la mais emocionante a quem vê,o aparente esforço que fazem a certo ponto da dança,as mãos trêmulas já não mantidas com firmeza pelo cansaço nos poucos músculos que lhes restam,tudo isso forma um conjunto clássico,como se fosse um balé em câmera lenta,e que graça fazem aquelas figuras senis que vão de cá para lá,parecem flutuar no salão e acho q flutuam,e sabem disso,devem nesse momento lembrar da sua juventude,os tais "embalos de sábado à noite" e tudo mais,suas paixões de festas,amigos antigos,sua vida na juventude em geral,e isso é o que os faz flutuar,todas as suas lembranças velhas de um tempo que não volta mais...ahh,como devia ser bom.

Allan Bonfim.

Um comentário:

  1. Você é o allan Bonfim?
    Todos os seus textos são romanticos, não me canso de dizer, voce é um romantico.

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