quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Em tempo

Nem toda água do mundo
Nem um grito estridente e agudo
Nem a pompa de Dom Pedro II.

Nem a farpa no dedo furado
Nem a lágrima no rosto molhado
Nem o cavalo branco e alado.

Nem o estômago doido de fome
Nem o beijo entre dois homens
Nem o preço do teu headfone.

Nem o óculos da tua amiga
Nem a forma da tua barriga
Nem a força incomum da formiga.

Nem todo o ouro do tesouro
Nem o barulho do seu choro
Nem a alegria do cachorro.

Nem a vida como ela é
Nem a beleza inata da mulher
Nem o desenho do profeta Maomé.

Não fará a Terra menos esquisita
Nem a tornará muito mais bonita
Se a mudança não começar por VOCÊ !

Allan Bonfim.

4 comentários:

  1. Gosto de como descreves esse mundo louco que a gente vive em teus versos..parabens! (:

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  2. Adoro quando mostra que não somos só sonho mas também ação, e falando nisso, o senhor devia tá na Folha, sei que odeia essa comparação mas você escreve como o Xavier.Tem um talento imenso, e fica brincando nessa linha do tempo de adiar o inevitável, mas sei que um dia qualquer vou receber um email seu com o convite pra o lançamento desse filho tão esperado.
    Você tem que deixar eu editar, tem que mostrar pro mundo, abrir os olhos desse povinho meia-boca, incendiar aquele museu que se tornou a ABL.
    Desejo tudo de bonito e que venha me ver mais,OK?
    Um beijo,meu querido.

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  3. "nem a força incomum da formiga"
    grande metáfora, Tico-Tico, grande...
    quando eu penso no planeta e me projeto lá pras estrelas, olho pra baixo e oque vejo:
    _ formiguinhas, nós, as formiguinhas incansáveis
    fazendo este planeta acontecer,

    adorei o poema, adorei a mensagem, e como sempre,
    adorei a tua visita que sempre vem acompanhada de regalos e palavras que me alegram.

    Muitas horas felizes te brindem nesta semana.

    Beijos,


    Be



    *

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  4. Tico, querido,
    cada dia mais Poeta...
    impecável texto!

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